Dia D de Mobilização deflagrou neste sábado (8) a ação
do Ministério da Saúde contra a paralisia infantil. Crianças de 6 meses a
menores de 5 anos podem ser vacinadas até 21 de junho. A Campanha Nacional de
Vacinação Contra a Poliomielite começou neste sábado (8) com o Dia D de
Mobilização em todos os estados e no Distrito Federal. Cerca de 115 mil postos
de vacinação, permanentes ou móveis, entraram em funcionamento. A meta da
campanha é vacinar 95% dos 12,9 milhões de crianças de 6 meses a menores de 5
anos que existem no país até 21 de junho – ou seja, 12,2 milhões de crianças. O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do Dia D em São Paulo, no
posto de vacinação montado no Centro Educacional Unificado (CEU) Meninos, em
Heliópolis. No local, os palhaços Patati Patatá e o Zé Gotinha, mascote da campanha,
animaram a mobilização. “Esta é aquela hora de pais e mães aproveitarem a
oportunidade para manter as nossas crianças protegidas”, reforçou o ministro.
“Este ano é o primeiro no qual vai acontecer de forma plena a estratégia
combinada entre a vacina injetável (no 2º mês e no 4º mês de vida) e o começo
da vacina oral a partir do 6º mês de idade”. Além das unidades permanentes de
vacinação, postos móveis foram instalados no Dia D em shopping centers,
rodoviárias e escolas, entre outros locais. O CEU Meninos foi um desses pontos
de vacinação adaptados. Cerca de 350 mil pessoas se envolveram na campanha em
todo o Brasil, com a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos
e fluviais. O Ministério da Saúde está investindo R$ 32,3 milhões em repasses
do Fundo Nacional de Saúde para os estados e municípios, sendo destinados R$
13,7 milhões para a aquisição de 19,4 milhões de doses da vacina oral. “O
investimento é maior neste ano porque, além da vacina oral, estamos o ano
inteiro com a vacina injetável, que a gente dá para as crianças aos 2 meses e
aos 4 meses de idade e também para aquelas crianças que não podem tomar a
gotinha. Quem são elas? São por exemplo, as crianças que em algum momento
desenvolveram algum tipo de reação à vacina quando tomaram”, acrescenta o
ministro.
ENTENDA A CAMPANHA DESTE ANO – Em 2012, foram vacinadas
mais de 14 milhões de crianças no país, o que representou 99% do público alvo.
Desde 2012, o Brasil passou a realizar somente uma etapa exclusiva da Campanha
Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, no mês de junho. No ano passado,
todas as crianças até cinco anos incompletos participavam. Já neste ano, o
público alvo da campanha são as crianças a partir dos 6 meses, com a vacina
oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as menores de 6 meses já estão
sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação. Os pais devem
levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde
possa avaliar a situação vacinal da criança.
VACINA ORAL - Vale lembrar que não existe tratamento
para a poliomielite e somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina
protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da
imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças
que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. A vacina é
extremamente segura e não há contraindicações, sendo raríssimas as reações
associadas à administração da mesma. Em alguns casos – como, por exemplo, em
crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade
a algum componente da vacina, recomenda-se que os pais consultem um médico para
avaliar se a vacina deve ser aplicada.
CASOS – O último caso registrado de poliomielite no
Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações
(PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovirus selvagem. Desde
1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) de erradicação da poliomielite. De acordo com a OMS, entre os anos de
2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de
importações do poliovirus selvagem de países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e
Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade e
República do Congo). No ano de 2013 (até 22 de maio), foram registrados 32
casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão. Por isso, para
evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da
vacinação.
COM INFORMAÇÕES DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE.
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