quinta-feira, 13 de junho de 2013

UNIDADE DO INSTITUTO CHICO MENDES EM ASSU IRÁ NOTIFICAR EMPRESA DE RECICLAGEM DE LIXO

Uma empresa atuante no ramo de reciclagem de lixo será alvo de notificação por parte do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, ICMbio, instituição federal responsável pela gestão em Assu da Floresta Nacional, Flona, unidade de conservação ambiental com 426 hectares, pelo fato de possui sua localização dentro do perímetro da reserva. Decisão neste sentido foi encaminhada na reunião ordinária do Conselho Consultivo da Flona. A deliberação ocorreu durante a quarta reunião ordinária do colegiado, realizada no dia 22 de maio passado. De acordo com informação dada pelo biólogo Mauro Guimarães, gestor da Flona, este foi um dos itens da pauta da reunião e os membros à unanimidade decidiram pela notificação à empresa de reciclagem pelo fato de se encontrar próximo à área da Flona e, com isto, acarretar uma série de problemas, já que o vento traz muito do lixo para dentro da unidade. O encontro contou com a participação de 10 dos 17 representantes de entidades e instituições com assento no Conselho Consultivo da unidade de conservação ambiental. Mauro Guimarães declarou que a decisão de notificar a empresa – denominada Reciclagem Assu – se deveu ao fato de ela se encontrar em situação ambientalmente irregular. O representante do organismo federal frisou que a Reciclagem Assu terá que apresentar licença de funcionamento, alvará da Prefeitura, dentre outros papéis necessários à legalização de seu funcionamento. Será dado um prazo de aproximadamente 10 dias úteis para os dirigentes da empresa apresentarem oficialmente a documentação requisitada pelo órgão. A partir daí, em havendo desobediência à solicitação ou em se constatando a inexistência de tais papéis, a empresa em questão se tornará passível de algumas sanções. A tendência é que o ICMbio aja de modo similar ao que ocorreu em relação ao Abatedouro Público Municipal da cidade. Também em razão de sua proximidade física com a Flona, o logradouro público foi interditado, por força de uma ação impetrada pelo órgão na Justiça Federal, em Recife, capital pernambucana. O Abatedouro está embargado por conta da manifestação judicial desde setembro de 2012. O argumento exposto pelo ICMbio, e que mereceu respaldo da Justiça Federal, foi que sua localização configura-se em ameaça à preservação do ecossistema da unidade de conservação.

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