quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

CAPACIDADE HÍDRICA DA BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES ESTÁ EM 52%

Como efeito da estiagem que tem se prolongado nos últimos anos, o nível dos reservatórios está, cada vez mais, sendo reduzido. A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada no município de Itajá, que, juntamente com os poços existentes em Mossoró, garantem o abastecimento da cidade, está com 52,23% de sua capacidade total, segundo leitura realizada em 14 de janeiro, pela Gestão de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH). De acordo com a coordenadora da Gestão, Joana D’Arc, o reservatório conta, atualmente, com 1,25 bilhões de metros cúbicos. A capacidade total do reservatório é de 2,4 bilhões de metros cúbicos. A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves é responsável pelo abastecimento de uma lista enorme de adutoras. Se a água proveniente da barragem fosse utilizada apenas para abastecer essas adutoras, seria possível fazê-lo por um bom tempo, porém, a água tem outros destinos além desse, como lembra Joana D’Arc. Ela informa que não existe nenhuma simulação quanto ao tempo em que o reservatório será capaz e suprir o abastecimento da adutora, mas lembra que a Barragem também é utilizada para outros fins, como a perenização do rio Piranhas-Açu, para o desenvolvimento da agricultura irrigada. Com o rio Mossoró, embora ele não seja responsável pelo abastecimento da cidade, a situação também é preocupante. De acordo com o subsecretário de Gestão Ambiental, Mairton França, a Subsecretaria não possui dados sobre o nível do rio, porém, o índice é baixo. Essa diminuição na quantidade de água contribui para elevar os índices de poluentes. Segundo o gestor, o líquido retirado do rio nessa época não é de qualidade, pois possui uma grande quantidade de poluentes, oriundos, entre outras fontes, dos esgotos que deságuam no local. Com relação aos malefícios da retirada da água, Mairton França menciona que o problema é que, às vezes, junto com a água, é feita também a retirada da vegetação, o que contribui para o assoreamento do rio. Os critérios para a retirada da água, no entanto, só serão definidos a partir da posse do Conselho do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Apodi/Mossoró, que acontecerá em fevereiro. Já a escolha dos conselheiros será realizada esta semana, através de uma séria de reuniões. A primeira delas, como informa Mairton França, ocorrerá amanhã, 16, no campus da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) em Pau dos Ferros e deve contar com representantes das prefeituras dos 52 municípios que compõem a Bacia. Na quinta-feira, 17, será a vez de reunir a sociedade civil, dessa vez, na Casa da Cultura, em Apodi. O terceiro encontro acontecerá em Mossoró, em local a ser definido, e contará com a presença de usuários da água. Após a posse dos conselheiros, o Comitê deve se reunir para decidir como será regulamentado o uso da água. As práticas que ficarem fora dos critérios estabelecidos serão proibidas.
GAZETA DO OESTE.

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