A PEC
das Domésticas foi aprovada em segundo turno pelo Senado na noite desta terça-feira. Agora,
só falta a promulgação - que deve ocorrer nos próximos dias - para que ela
passe a valer de verdade. A Proposta de Emenda à Constituição em si não é
nada complicada: apenas altera trecho do texto constitucional que excluía os
trabalhadores domésticos de uma série de direitos
garantidos a todos os demais. O Congresso simplesmente
retirou essa segregação (veja abaixo quadro do que passa a valer para todos). Por
causa do aumento dos custos e dos novos procedimentos que se tornarão
necessários, as medidas deverão afetar as famílias brasileiras e os cerca de 7
milhões de trabalhadores domésticos do país. Lembrando que isso inclui qualquer
pessoa que labute em residências de maneira fixa, sejam babás, faxineiros,
cozinheiros, jardineiros, caseiros, mordomos, entre outros. O aumento no custo para manter um empregado doméstico será de no
mínimo 8%, mas horas extras e outros direitos poderão encarecer mais
o gasto mensal. Especialistas admitem que boa parte das conquistas serão
delicadas de aplicar e fiscalizar no âmbito de uma residência, e várias vão
depender ainda de regulamentação por parte do Ministério
do Trabalho. Outros detalhes poderão ficar claros apenas
com posteriores decisões da Justiça do Trabalho. “O ideal é que após a
aprovação e regulamentação dos novos direitos dos domésticos, empregadores e
trabalhadores formalizem a relação trabalhista em um novo contrato de
trabalho”, afirma o mestre em Direito do Trabalho e professor da pós-graduação
da PUC-SP, Ricardo Pereira de Freitas Guimarães. Confira abaixo os novos 16
direitos estendidos aos trabalhadores domésticos que vão exigir mais cuidado e
transparência de empregados e empregadores. Para simplificar a leitura, alguns
estão destacados com as palavras chave em negrito, no final. A Revista
Exame elaborou um esquema destacando as principais mudanças passam a ter. CLIQUE AQUI e veja.
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