O IBGE iniciou no último dia 12 de agosto, em convênio
com o Ministério da Saúde e com a coordenação técnica da Fiocruz, a coleta de
informações da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 - PNS. Até novembro, cerca de
1.000 entrevistadores visitarão 80 mil domicílios em 1.600 municípios em todo o
país, para conhecer a saúde e o estilo de vida da população. A pesquisa também
tem o objetivo de produzir dados sobre acesso e uso dos serviços de saúde,
ações preventivas, continuidade dos cuidados e financiamento da assistência de
saúde. O desafio é grande. Para saber como está a saúde no Brasil, o IBGE e a
Fiocruz planejaram a pesquisa em duas etapas. A primeira consiste no
preenchimento de um questionário que captará informações de todos os moradores,
em todos os domicílios visitados. Além disso, será selecionado um morador maior
de idade em cada um dos domicílios visitados, que responderá outro questionário
e terá medidos peso, altura, cintura e pressão arterial. A escolha desse
morador será feita aleatoriamente, pelo computador de mão do agente de pesquisa,
no momento da entrevista. Na segunda etapa da pesquisa, aplicada em 25% das
áreas visitadas, esse mesmo morador maior de idade selecionado para as medidas
antropométricas e de pressão arterial fará exames laboratoriais de sangue e
urina. A coleta da PNS começa pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul,
Goiás, Rondônia, Roraima, Amapá e Rio Grande do Sul e, nas próximas semanas,
alcançará todas as unidades da federação. A previsão é que a pesquisa seja
realizada a cada cinco anos, com detalhamento nos níveis Brasil, grandes
regiões, unidades da federação, regiões metropolitanas que contenham municípios
das capitais e municípios das capitais, e que os primeiros resultados sejam
divulgados em 2014. É importante ressaltar que todas as informações coletadas
pela PNS, inclusive os resultados dos exames laboratoriais, têm sua
confidencialidade garantida pela lei do sigilo da informação estatística (Lei
nº5534) e só podem ser utilizadas para fins estatísticos. Todos os
entrevistadores da PNS deverão portar o crachá do IBGE e o equipamento
eletrônico de coleta de dados (computador de mão). Também será possível confirmar
a identidade do entrevistador pelo telefone 0800-721-8181. Antes de sair às
ruas, eles fizeram um treinamento não só para aplicar o questionário
corretamente, como para tirar as medidas antropométricas e de pressão arterial.
Já os exames de sangue e urina serão realizados por laboratórios credenciados
pelo Ministério da Saúde. Para produzir os melhores dados sobre a saúde e o
estilo de vida dos brasileiros, o questionário da Pesquisa Nacional de Saúde
foi elaborado da seguinte forma: primeiro, são feitas perguntas sobre o
domicilio, como, por exemplo, abastecimento de água, posse de animais de
estimação, ocorrência de visitas de equipes de saúde da família, entre outras.
A seguir, as perguntas se referem a cada um dos moradores do domicílio. São
perguntas sobre características gerais (sexo, idade, estado civil, entre
outras), educação, trabalho, rendimento, deficiência, plano de saúde,
utilização de serviços de saúde e saúde de crianças e idosos.
No momento da entrevista, um morador maior de idade será
selecionado aleatoriamente pelo computador de mão para responder outro
questionário com perguntas sobre trabalho, estado de saúde, acidentes, estilos
de vida (consumo de bebidas alcóolicas, prática de atividades físicas e fumo,
por exemplo), doenças crônicas, saúde da mulher, atendimento pré-natal (quando
for o caso), saúde bucal e atendimento médico. Serão tiradas as medidas
antropométricas e de pressão, e o entrevistador também pedirá informações para
contatos futuros, sempre garantido o sigilo do informante. Se for necessário, o
entrevistador fará mais de uma visita ao domicílio para completar a pesquisa. Além
do questionário e das medidas, serão realizados exames de sangue e urina em 25%
das áreas visitadas pelos pesquisadores do IBGE, selecionadas aleatoriamente.
Na amostra de sangue, serão feitos exames de hemoglobina glicada, colesterol,
hemograma, hemoglobina S e outras hemoglobinopatias, creatinina e sorologia da
dengue; na urina, serão analisadas a dosagem de sódio, de potássio e
creatinina. Nessas áreas selecionadas (25%), todos aqueles moradores maiores de
18 anos que tiraram as medidas antropométricas também farão os exames. O
morador será informado se faz parte dessa amostra na primeira visita do
entrevistador. O laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde fará contato
diretamente com ele para agendar o dia dos exames, por isso é importante informar
corretamente os dados para contatos futuros. O entrevistado não precisará sair
de casa: a coleta será feita em domicílio, e também não será necessário ficar
em jejum. Feitos os exames, o morador selecionado escolherá como prefere
receber os resultados: correio ou disponibilizado na internet.
Durante a coleta de informações da PNS, quem apresentar
pressão arterial elevada, exames laboratoriais alterados, crise de hipertensão
ou dores no peito receberá orientações para procurar o serviço de atendimento
local indicado pelo Ministério da Saúde. Pela primeira vez por meio de
perguntas e exames, uma pesquisa do IBGE busca conhecer as relações entre o
estilo de vida e a saúde da população e produzir informações sobre o
atendimento à saúde nas redes pública e particular. A PNS faz parte do Sistema
Integrado de Pesquisas Domiciliares do IBGE (SIPD). Ela dá continuidade a um
ciclo de investigações que vem sendo realizado a cada cinco anos, desde 1998,
pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e seus suplementos de
saúde. Além disso, a PNS também dará suporte a diversas políticas públicas,
como o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis,
Brasil Sorridente, a Rede Cegonha e outras. As informações são da assessoria de
comunicação do IBGE em Brasília. Na cidade de Assu o trabalho está sendo
realizado por uma equipe de 3 servidores como informou o diretor da autarquia
federal em âmbito regional Yale Clecino.
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